Antigamente, era muito comum que se chamasse um padre no leito de morte de uma pessoa para que ela recebesse a extrema-unção, a fim de que sua passagem para a casa de Deus fosse levada com mais tranquilidade.
Na Idade Média, um método similar também era realizado dessa forma, mas não por um padre e sim por um “devorador de pecados” ou comedor de pecados. Além disso, o ritual era feito logo depois da morte da pessoa, enquanto a extrema-unção era realizada nos últimos suspiros de um doente.
Encaminhando almas
Desde essa época — mais comum em localidades religiosas da Inglaterra, Escócia e País de Gales —, a alma de um recém-falecido tinha uma ajudinha desse profissional para seguir para o reino dos céus. Mas porque “devorador de pecados”? Bem, o nome tem realmente a ver com o ato de comer, mas de uma forma simbólica, as más ações do falecido.
Sem ligação com qualquer igreja, o comedor de pecados visitava o corpo do falecido e comia um pedaço de pão que havia sido colocado sobre o peito do cadáver. Essa atitude, simbolicamente, absolvia todos os pecados não confessados do morto ??e, segundo a crença antiga, acelerava o seu caminho para o céu.
No entanto, nos tempos mais antigos, a cerimônia só era feita em casos em que a morte era súbita e uma última confissão do moribundo não havia sido feita a um padre. Épocas mais tarde, o devorador de pecados era chamado até mesmo após mortes naturais para ajudar a impedir que a alma da pessoa precisasse vagar pela terra como um fantasma.
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